Inea esclarece questões de balneabilidade das praias
Há poucos dias, o jornal O DEBATE publicou uma reportagem sobre a piora na
qualidade da água nas praias do município. Entre elas, o destaque foi a Praia
Campista, que desde o final de dezembro vem apresentando índices considerados
insatisfatórios pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão responsável
pela coleta e análise de balneabilidade no litoral fluminense.
Diante disso, a nossa equipe de reportagem procurou o órgão para saber quais as possíveis causas desse resultado no local, uma vez que é a primeira vez que a Praia Campista fica imprópria ao longo dos últimos quatro anos.
Segundo o Inea, a avaliação das condições de
balneabilidade das praias é feita com base na resolução CONAMA 274/2000, onde
são verificados os níveis de bactérias de origem fecal (coliformes fecais ou
enterococos) nessas amostras coletadas de água.
Ou seja, uma praia é considerada imprópria para banho quando dois ou mais resultados dos cinco últimos se encontram acima de 1000NMP/100mL de coliformes ou 100NMP/100mL de enterococos; ou quando o último resultado se apresenta acima de 2500NMP/100mL de coliformes ou 400 NMP/100mL de enterococos (NMP é uma unidade de medida e significa Número Mais Provável).
Ele explica que dentre os diversos fatores que podem afetar na balneabilidade de uma praia podem-se destacar: a localização geográfica da praia (praias no interior de baías e praias oceânicas), a pluviosidade (incidência de chuvas), a proximidade com o deságue de rios e canais, e o extravasamento de galerias pluviais.
Durante o período chuvoso podem ocorrer resultados elevados devidos ao escoamento superficial da água, assim como pela drenagem das galerias pluviais, que tem como destino os rios, lagoas e o mar.
De acordo com o último boletim divulgado, o de nº 02, do dia 16 de janeiro de 2018, o banho de mar deve ser evitado na altura da Avenida Atlântica, nº 1622. Já o trecho em frente a Rua Robert F. Kennedy está próprio, diz o órgão.
Estão impróprias para o banho também as seguintes
praias: Imbetiba, Forte, Barra, Aeroporto, Barreto e Lagomar. Apenas Cavaleiros
e Pecado estão liberadas sem restrições.
Já a Lagoa de Imboassica, que não tem os resultados divulgados desde o início do ano passado, o Inea apenas disse que a avaliação dela será retomada em breve. Apesar da grande quantidade de banhistas nessa época do ano, ele não informou quando isso será feito.
Lembrando que nos últimos meses o jornal denunciou várias vezes a presença de uma espuma branca com forte cheiro no manancial. No final de dezembro, uma mortandade de peixes chamou a atenção de moradores e frequentadores do local, que cobram maior atenção do poder público em relação aos recursos hídricos do município.
Na época, a prefeitura explicou que um biólogo da secretaria de Ambiente tinha ido ao local e verificado que os peixes mortos eram da espécie manjubinha e carapeba. As chuvas podem ter provocado a baixa na salinidade da Lagoa de Imboassica e ter ocasionado a mortandade.
Ressaca em todo o litoral
A forte ressaca que vem atingindo o litoral macaense
desde o final de semana chegou a causar alguns transtornos na cidade. Na manhã
de domingo (28), frequentadores foram surpreendidos com a grande quantidade de
areia e vegetação no calçadão da Praia Campista.
"Isso é porque essa parte da praia tem a restinga preservada. Acredito que se não tivesse a proteção o mar iria avançar no calçadão, como ocorreu no Cavaleiros há alguns anos e causou a destruição da orla", diz a moradora Ana Clara.
O mesmo pode ser presenciado na Praia dos Cavaleiros, onde, mesmo com o mar agitado, algumas pessoas aproveitaram o dia de sol e calor nas areias. "A gente não entra no mar, mas vem para aproveitar o calor aqui com os amigos", disse Jéssica Ramos, moradora do Novo Horizonte.
A previsão é de mar agitado nas próximas horas.
Banhistas devem evitar o banho até que a situação esteja normalizada.
Comentários
Postar um comentário