Clima ainda é de insegurança
Apesar das aulas terem voltado nas escolas
municipais dos bairros Codin e Parque Eldorado, em Guarus, a sensação de
insegurança da população aparentemente permanece a mesma. Na tarde desta
terça-feira, a reportagem esteve nas proximidades de unidades de ensino dos
dois bairros e não conseguiu entrevistar familiares de alunos sobre a situação.
O motivo é a chamada “lei do silêncio”, comum em locais dominados pelo tráfico
de drogas. As aulas chegaram a ser suspensas pela Prefeitura na semana passada,
por questão de “segurança pública”, e na última segunda-feira o protocolo de
ações traçado por membros da Prefeitura e de órgãos de segurança pública de
Campos começou a ser colocado em prática.
Entre 16h30 e 17h15 desta terça-feira, a
movimentação era grande em frente à Escola Municipal Branca Peçanha, no
Eldorado. Foram várias tentativas de conversa com pais de alunos a respeito da
volta às aulas, depois da interrupção da semana passada, mas ninguém quis se
pronunciar. Sem se identificar, uma mãe chegou a atender a reportagem, mas se
limitou a dizer que o local “é muito perigoso” e, por isso, ela e outras
preferiam não comentar. Pouco depois, um grupo de professoras deixou a escola.
Questionadas sobre o boato de ameaças que circulou na semana passada, elas
informaram que não as receberam diretamente, mas não tinham maiores detalhes.
Durante o tempo que a reportagem esteve em frente à
escola Branca Peçanha, homens em atitudes suspeitas circulavam pelo local,
aparentemente observando a atuação profissional. Um deles chegou a ficar parado
em uma das esquinas, fumando, até a equipe ir embora.
No Ciep Professora Carmen Sylvia Carneiro, onde a
movimentação era pequena, os poucos pais encontrados também não quiseram falar.
Contatado via telefone, o comandante do 8º Batalhão
de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Fabiano Souza, não atendeu às ligações
na tarde desta terça-feira.
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