Volta Redonda registra 46 homicídios nos seis primeiros meses do ano
Volta Redonda – Um levantamento divulgado
nesta quinta-feira, 28, pela Funerária Municipal de Volta Redonda, revelou que
46 pessoas foram assassinadas nos seis primeiros meses deste ano. Foram 16
homicídios a mais do que o registrado no mesmo período, em 2017.
De acordo com o órgão, janeiro foi considerado o mês
mais violento do ano contabilizando 13 mortes. O último assassinato ocorrido,
em Volta Redonda, foi registrado na madrugada desta quinta-feira, (28), na Rua
7, no bairro Vale Verde. A vítima foi Carlos Henrique de Oliveira, conhecido
como Kaká, de 28 anos, que foi morto com tiros na cabeça.
Policiais militares que estiveram no local do crime
apuraram a denúncia de que Carlos era suspeito de assassinar Deyvi da Silva
Andrade, em janeiro deste ano. Este crime foi na Avenida Wladyr Sobreira Pires,
na Vila Brasília. O corpo de Carlos foi levado para o Instituto Médico
Legal (IML) de Volta Redonda.
Outro crime
Outro assassinato recente ocorreu na noite desta
terça-feira, 26, com a morte de Roni Klauber da Silva, de 32 anos,
executado com vários tiros, nas proximidades do Ribeirão do Inferno, divisa
entre Volta Redonda e Barra do Piraí.
As polícias Civil e Militar afirmam que a maioria
das mortes esta relacionada ao envolvimento das vítimas, direta ou
indiretamente, com o tráfico de drogas. Os homicídios, geralmente, são
praticados por vingança.
A motivação passional é a segunda causa das mortes no
município.
Dados divulgados pelo Movimento Resgate da Paz,
grupo religioso ligado à Igreja Católica, revelou que pessoas negras e pobres
são as principais vítimas desse tipo de crime. Boa parte dos casos continua com
autoria desconhecida pela polícia e acabam arquivados por prescreverem.
A polícia alega falta de recursos material e humano
para elucidar os assassinatos. Além disso, há ainda o medo da população em
testemunhar sobre esses crimes, dificultando as investigações policiais, que
sem o nome do autor o inquérito não se transforma em processo judicial,
deixando o assassino impune.
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