Ponto final: Feijó, Marcão e Mérida analisam 2020 por 2018 em dia agitado dos Garotinho
2020 em 2018
Para Campos, a eleição a prefeito de 2020 passa pelo
pleito legislativo de 2018? Foi o que esta coluna alertou na sua última edição,
no domingo (29), que teve ampla repercussão. Não só por projetar o embate entre
os pré-candidatos a deputado federal Marcão (PR) e Wladimir (PRP) como prévia à
disputa deste contra a reeleição de Rafael Diniz (PPS). Mas também por apontar
em outra pré-candidatura local a federal, do líder lojista Marcelo Mérida
(PSD), a possibilidade de que um novo ator possa entrar na disputa a prefeito
daqui a dois anos: o presidente da CDL-Campos, Joílson Barcelos.
Feijó aprova novidade
O campista já estava ciente do Wladimir x Marcão
como preliminar do Rafael x Wladimir. Embora a alternativa de Joílson também
subir no ringue de 2020 não fosse de domínio público. Mas é um projeto que
envolve um dos maiores empresários da cidade. Daí a necessidade de se virar o
holofote também sobre ele. E tudo parece passar pela eleição a deputado federal
de daqui a pouco mais de dois meses. Em seu quinto mandato em Brasília, Paulo Feijó
(PR) viu com bons olhos a novidade: “Se Joílson vier a concorrer a prefeito de
Campos de 2020, será algo legítimo e salutar para Campos. Como é a
pré-candidatura de Mérida a federal”.
Fechado com Marcão e Rafael
Feijó, no entanto, confirmou à coluna que seu
compromisso em 2018 é com a pré-candidatura a federal de Marcão. E, através
dela, reforça sua aproximação com o governo de Campos, para o qual conseguiu
recentemente R$ 30 milhões em emendas: “Saindo das grandes dificuldades em que
encontrou a Prefeitura, Rafael vai ter que apresentar bons resultados para se
reeleger em 2020. Se Wladimir se eleger deputado federal, seu projeto imediato
vai tentar ser prefeito de Campos. Por isso a eleição de Marcão é muito
importante para Rafael. Ele tem muita chance de ser eleito e de fazer bonito
por Campos e a região em Brasília”, avaliou.
Bem e mal vindos
Marcão também falou ontem com a coluna. Sem citar os
nomes de Mérida e Joílson, se mostrou aberto às suas intenções. Mas, como de
hábito, bateu duro no garotismo de Wladimir: “Independente dos nomes, todos que
queiram contribuir com o bom debate da coisa pública são bem-vindos,
principalmente no momento de maior dificuldade. O que Campos não suporta mais
são as práticas que nos trouxeram até estas dificuldades: a corrupção
implantada pelos garotistas em nossa cidade”. O atual presidente da Câmara
Municipal, no entanto, tem restrições à projeção de 2020 a partir das urnas de
2018.
Exemplo pertinente
“Eleição reflete o momento. Em 2006, por exemplo,
Arnaldo (Vianna) ganhou de Pudim para deputado federal. E na eleição seguinte,
em 2008, perdeu a prefeito para Rosinha. Já em 2014, Clarissa (Garotinho) se
elegeu deputada federal, sendo a mais votada em Campos para o cargo. E, em
2016, Rafael venceu para prefeito, ainda em primeiro turno, em todas as Zonas
Eleitorais do município. Ou seja, eleições de deputado federal não são um
termômetro tão exato assim para se projetar, dois anos depois, a escolha do
prefeito”, exemplificou Marcão.
Mérida endossa Joílson
Marcelo Mérida também repercutiu ontem a coluna de
domingo. Ele ressaltou que seu objetivo é tentar conquistar o mandato em
outubro. Se o resultado será, ou não, um passo à uma possível candidatura de
Joílson Barcelos a prefeito de Campos em 2020, preferiu não arriscar. Mas
confirmou que, em sua visão, o presidente da CDL “tem todos os pré-requisitos,
como empreendedor e líder de instituição, para se inserir na política com papel
de protagonista”. Sobre o embate Marcão x Wladimir, Mérida disse: “Vou passar à
margem dessa discussão entre o passado e o presente. Nossa preocupação é com o
futuro”.
Fortes emoções
Nesse xadrez entre 2018 e 2020, Wladimir também foi
procurado pela coluna. Entretanto, não retornou às tentativas de contato.
Provavelmente, estava ocupado ontem, após seu pai, Anthony Garotinho (PRP),
pré-candidato a governador, perder o PPL cotado para dar o vice da sua chapa:
Brizola Neto. Não bastasse, foi dormir sem saber se a irmã, a deputada federal
Clarissa (Pros), conseguiria vaga para se candidatar a qualquer coisa em
outubro, após o pai brigar com o presidente estadual do partido dela, o
deputado federal Felipe Bornier. São as fortes emoções de quem busca futuro na
política com Garotinho no nome.
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